Força Sindical segue a frente do sindicato dos rodoviários com o prefeito e os patrões!
Tamyres Filgueira (Cipeira da Carris)
Tivemos uma greve histórica dos rodoviários de POA: que passou por cima dos patrões, imprensa, justiça e do sindicato; mostrou que a unidade da categoria poderia trazer inúmeras vitórias. A categoria que no último período se transformou referência na luta dos trabalhadores, tinha a oportunidade histórica de tirar a Força Sindical de dentro do sindicato e o devolver novamente para os trabalhadores. A vanguarda firme, a categoria com a sede de mudança, a Força Sindical (situação) mais enfraquecida e a intervenção do Ministério Público, davam à categoria uma oportunidade “ímpar”.
A tarefa que estava colocada era um processo de democratização do sindicato: fim do ganguismo sindical, redução do mandato de 5 para 3 anos, assembléias democráticas, prestações de contas, e organização de espaços de debate na base - reunião de delegados sindicais, congressos, seminários da categoria. Porém diferenças políticas (legítimas), mas em nossa opinião secundárias (nesse momento) dividiram os ativistas, e deixaram o caminho livre para a chapa 1(situação). Diferentemente da experiência histórica do SIMPA (Sindicato dos municipários de POA), que fez um "chapão" para tirar a máfia e devolveu o sindicato para a categoria, em rodoviários cometemos o erro da divisão.
Mesmo com eleições mais democráticas não podemos deixar de citar alguns problemas: Vários sócios foram impedidos de votar pelo fato do nome não constar na lista ou porque o nome estava escrito de forma incorreta.E o fato a da urna ter ficado aberta para votação apenas 24 horas, dificultou que muitos colegas pudessem votar. Mas a oposição unificada certamente passaria por cima desses problemas.
Perdemos uma oportunidade única e isso exige de nós algumas reflexões: é necessário reconhecer que a divisão foi a responsável pela derrota; que com a vitória da oposição unificada, mesmo sabendo que provavelmente não seria o sindicato ideal (se é que exista algum), seria muito melhor para o trabalhador rodoviário. Em uma gestão democrática seria possível fazer o debate de forma muito mais tranquila nos espaços do sindicato (coisa que hoje é impossível) e ir mudando ele para o bem da categoria.
Mas luta continua! Seguiremos na Luta pela construção de pautas unitárias democráticas que possibilitem unificar os lutadores da categoria apesar das diferenças políticas, fortalecendo a luta que enfrente os e os patrões.
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