Um forte
sentimento contagiou milhares de estudantes e trabalhadores (as) de todo o país:
a necessidade de derrotar a direita. Dilma, inclusive, adotou uma postura mais
a esquerda no debate eleitoral. Mas, após sua vitória, a presidenta em uma
serie de declarações e medidas deixa claro que postura terá em seu próximo mandato.
O anúncio
de abertura do capital da Caixa Econômica Federal, o massacre que vem
promovendo contras os trabalhadores de Correios e um governo cada vez mais
atolado em Corrupção. Na nomeação dos ministérios, alguns ministros foram
comemorados, inclusive pelos setores mais reacionários do país, VEJA, ISTOÉ, ÉPOCA,
GLOBO.
O responsável
pelo Ministério da Fazenda será um reconhecido neoliberal, Joaquin Levy, trabalhou
no Fundo Monetário Internacional (FMI), onde ficou até 1999. No FMI, ele atuou
nos departamentos do Hemisfério Ocidental, Europeu I e de Pesquisa, nas
divisões de Mercado de Capitais e da União Europeia.
Entre
1999 e 2000, Levy trabalhou como economista visitante do Banco Central Europeu
nas áreas de Mercado de Capitais e de Estratégia Monetária. Estava recentemente
como diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de
recursos do Bradesco.
Para
o Ministério da Agricultura a indicada é Katia Abreu, latifundiária agropecuarista.
Conhecida como miss motosserra, é reconhecida por defender condições de
trabalhos análogas à escravidão. Em 2010 na revista VEJA deu a seguinte
declaração: “Quero
fazer um desafio aos ministros: administrar uma fazenda de qualquer tamanho em
uma nova fronteira agrícola e aplicar as leis trabalhistas, ambientais e
agrárias completas na propriedade...”.
O
ministro da educação será Cid Gomes, o autor da folclórica frase para os
professores que estavam em greve no Ceará: “Quem quer dar aula faz isso por
gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o
ensino privado.” Temos ainda Kassab para o Ministério das Cidades, e acreditem
que para o Ministério da Pesca: George Hilton (PRB-MG), que foi expulso do PFL (atual
DEM), por estar carregando malas com dinheiro, que segundo ele eram da igreja
que ele é pastor. E ainda existem outros ministros declaradamente pró patrão.
O
novo ministério do Governo Dilma será a alegria dos empresários, banqueiros e latifundiários.
É preciso construir a unidade do movimento sindical, popular e estudantil, para
barrar os futuros ataques que virão. Cabem às organizações sindicais e partidárias
de maior peso social, construir essa unidade na prática, não aquela que fragmenta
a esquerda que é: “chamo a unidade, mas só a faço se eu for direção”. A dispersão
do campo de oposição de esquerda, só facilita os ataques dos patrões e deixa o
caminho livre para a direita corrupta e sem moral capitalizar o desgaste de
Dilma.
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